28 de agosto de 2014

Montevidéu

Por Erika Horst
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Plaza de Independencia

 

Fomos no inverno, ao contrário da maioria das pessoas. Não é o ideal, visto que a região é toda à beira do Rio de La Plata, um balneário de verão. Mas nós amamos um frio, tínhamos milhas vencendo na Gol e Montevidéu foi o destino com melhor custo benefício na ocasião, além de ser um dos destinos em nossa lista de lugares para conhecer. Quanto ao frio, pegamos de 2ºC a 18ºC. Nem foi tão difícil assim.

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Chegamos num sábado por volta de 13h. Planejamos pegar um táxi para o hotel, então fomos ao balcão de táxi pré-pago, porque ainda não tínhamos pesos para pagar a corrida e não queríamos fazer o câmbio no aeroporto, pois custa mais caro. Ainda bem, porque lá a atendente nos ofereceu, como alternativa, um serviço de van que levaria vários passageiros. O táxi custaria 1.100 pesos uruguaios e a van  280 pesos uruguaios. Preferimos a van, claro. E tivemos a sorte de o nosso hotel ser o primeiro no caminho que foi inteirinho margeando o Rio da Prata.

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O Palm Beach Plaza Hotel fica em Pocitos, um bairro residencial seguro, cheio de bons restaurantes e boas lojas. É um bom hotel. Clique aqui para ver classificação e comentários.

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Depois de largar as malas no hotel e fazer um lanche no Fans! Bar Café, logo ali, saímos caminhando sem destino pelo bairro para fazer o reconhecimento da área. O termômetro marcava 2ºC. Ui!

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Logo encontramos uma casa de câmbio com taxas muito melhores que as do aeroporto.

Pocitos e Punta Carretas são bairros vizinhos muito charmosos. A rambla, como é chamado o calçadão de Montevidéu, foi o nosso lugar preferido.

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E na praia há sempre muitos bichinhos passeando e se exercitando.

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Feira do Parque Rodó e Feira Tristán Navarra

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Feirinha do Parque Rodó, em Montevidéu

No domingo cedo fomos ao Parque Rodó ver a feirinha. Não tem nada demais… produtos da região, como roupas, calçados, artesanato…

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O Parque Rodó é bem arborizado e lindo, muito agradável.

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Parque Rodó, Montevidéu

Eu tinha levado de casa a cuia que compramos em Buenos Aires há alguns anos.

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Compramos na feirinha do Parque Rodó uma garrafa térmica com a intenção de aderir ao costume uruguaio. No mercadinho onde compramos a erva para o nosso mate, só encontramos marcas brasileiras. A dona do lugar contou que a erva brasileira é a preferida dos uruguaios. Elogiou a qualidade, mas reclamou, triste, que o Brasil agora está exportando a melhor erva para os países árabes.

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Nenhum uruguaio que se preze sai de casa sem sua cuia e sua térmica. Agora estávamos prontos para vivenciar um pouco da cultura local.

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Do Parque Rodó pegamos um ônibus e fomos à Feira Tristán Narvaja que acontece todos os domingos.

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Além de artesanato, lá havia também animais, todo tipo de alimentos, “cantantes”, tudo o que se pensar. Estava lotada.

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“Cantantes” na Feria Tristán Navarra, em Montevidéu

Mercado del Puerto

Depois de sapear a feira fomos ao Mercado del Puerto a pé para almoçar lá. Andamos muito!!! Queríamos conhecer a famosa Avenida 18 de julio, uma das maiores de Montevidéu. No entanto, no domingo, com tudo fechado, um ônibus seria a melhor opção.

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Ficamos muito cansados, porque é bem longe. Mas a vantagem foi que estava tudo vazio, melhor para caminhar e apreciar as praças.

Pausa para descansar um pouco

Pausa para descansar um pouco

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A lembrança que ficou dessa dura caminhada, depois que as dores nas pernas passaram, é muito agradável.

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O Mercado del Puerto é cheio de bons restaurantes e lojinhas de ervas, temperos, vinhos, etc. Estava lotado! A fumaça na foto acima sai diretamente do mercado, das grelhas dos restaurantes especializados em carnes. E que carnes!

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Mercado del Puerto, Montevidéu

Dizem que o melhor dia para ir lá é sábado, porque fica mais cheio e mais animado. No domingo estava bem cheio… Imagine no sábado. Acho que prefiro o domingo, porque estava animado, mas não tivemos que disputar lugares nos balcões dos restaurantes.

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Grelha do Roldós, no Mercado del Puerto, Montevidéu

Almoçamos no El Palenque, lá no Mercado e seguimos para uma visita guiada no Teatro Sólis.

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Infelizmente estava acontecendo um espetáculo e as visitas estavam suspensas até a terça-feira. Ficamos com água na boca, porque por fotos, o interior do teatro é maravilhoso e a gente queria muito conhecer… Dessa vez não deu.

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Monumento ao General Artigas, herói nacional no Uruguai, que fica na Plaza Independencia

Voltamos de ônibus para o hotel. Muito fácil pegar ônibus em Montevidéu. Aliás, foi por saber disso que não alugamos carro nos dias que passamos lá. Descemos na rambla de Pocitos, que estava animadíssima!

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Fomos ao hotel preparar nossa erva e descemos rapidinho para aproveitar o fim de tarde e assistir ao pôr do sol à beira do Rio da Prata tomando mate, como fazem os uruguaios.

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De Pocitos a Carrasco de Bicicleta

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Alugamos as bicicletas Trek novinhas do hotel e saímos na manhã de segunda-feira, passeando pela Rambla de Pocitos até Carrasco. É longe!!! Foi muito bom!

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Pelo caminho, um senhor nos alertou que não deixássemos a câmera fotográfica à vista, porque havia risco de sermos assaltados. Ficamos alerta, mas não percebemos nenhuma situação que fosse suspeita, que nos deixasse receosos… Correu tudo muito bem.

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Chegamos a Carrasco pela hora do almoço. Como não tínhamos planejado almoçar lá, pedimos dica de restaurante a uma moradora que fazia caminhada na rambla. Ela nos indicou o Garcia. Adoramos!

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Da janela do restaurante assistimos o departamento de trânsito uruguaio chegar com um caminhão guincho e retirar um carro estacionado em local proibido, bem numa curva onde o meio fio é pintado de vermelho. Foi aí que descobrimos esse detalhe. Onde o meio-fio estiver pintado de vermelho, não estacione!!!

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Os proprietários do carro estavam sentados à mesa ao nosso lado. São uruguaios e levaram um belo susto. Então o homem foi lá, negociou com o agente e conseguiu retirar o carro do guincho ali mesmo. Mas teria que pagar a multa de qualquer forma. Não tive coragem de perguntar o valor…

Carrasco é bem gostoso! O motorista da van que nos levou do aeroporto ao hotel nos disse que é onde moram os “milionários” de Montevidéu. Realmente lá vivem pessoas com melhor poder aquisitivo, a julgar pelo estilo das casas e dos carros que circulam pelas ruas. Além disso, em Carrasco tudo é mais caro, segundo os vendedores das lojas que conhecemos.

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Parece uma cidade de interior, sem prédios, casas muito charmosas com belos jardins, na verdade, muitas mansões. Uma tranquilidade… Não somos sequer ricos, mas se um dia nos mudássemos para Montevidéu, que é uma cidade com excelente qualidade de vida, eu gostaria de morar em Carrasco.

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Foi um dia muito divertido!

Ciudad Vieja e Centro

Na terça-feira, voltamos ao centro e à Ciudad Vieja para testemunhar um dia normal. Completamente diferente! A cidade estava viva, lojas abertas, ambulantes, muita gente circulando.

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Sarandi, rua peatonal na Ciudad Vieja

Procuramos pela Casa Mário, especializada em couro, muito bem recomendada em alguns blogs que li antes da viagem. Estava fechada. A rua onde fica tinha só uma pequena joalheria aberta. A atendente disse que a Casa Mário está fechada há anos… Viagem perdida. Pelo menos conhecemos velhas ruelas e vimos um pouco mais da vida da cidade, que ali parecia bem mortinha… Aparentemente, poucas pessoas moram naquela região.

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Puerta de la Ciudadela, em Montevidéu

Mas Manos del Uruguay e Mercado de Los Artesanos ficam melhor localizadas e continuam firmes. Demos uma passadinha.

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Eu li que roupas de couro no Uruguai são de ótima qualidade e tem excelentes preços. Não vi as roupas de qualidade nem os bons preços. Curiosamente, os uruguaios não usam roupas de couro. Pelo menos não vimos em lugar nenhum. “O povo não gosta”, informou-nos o Vitor da Brumel, uma loja tradicional  lá no centro.

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No dia seguinte bem cedo, íamos partir para Colonia Del Sacramento, portanto pegamos o carro que reservamos pela Rental Cars na AVIS do centro da cidade para devolver no aeroporto, no último dia da nossa viagem. Deu super certo. Em Montevidéu não sentimos falta de carro. É fácil pegar ônibus e os táxis são baratos.

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Passamos em Montevidéu três dias e meio e achei pouco. Nosso lema é passear, curtir o caminho; ainda assim, nós andamos tanto que íamos dormir com as pernas doendo e não foi suficiente para ver tudo. Mas deu para sentir a cidade. Moraríamos lá com prazer.