Gastronomia em Santo Antônio do Pinhal
Donna Pinha Restaurante
Localizado dentro do Jardim Pinhais/Ecco Parque, o Donna Pinha, que é especializado em trutas, tem uma vista privilegiada das montanhas. Ficamos ali um tempão, só curtindo a vista. O restaurante fica no andar de cima de num sobrado e é todo envidraçado para que ninguém perca a chance de apreciar a paisagem. Mas nós, apesar do ventinho frio, preferimos ficar na varanda, porque lá a Bia podia ficar com a gente.
O prato que pedimos, Truta ao Molho de Pinhão, estava muito saboroso! E o vinho, não me lembro o nome, embora tinto, harmonizou muito bem com o prato, por causa do pinhão.
Para a sobremesa, decidimos fugir das tradicionais sobremesas normalmente oferecidas e experimentar o Doce de Arroz Negro com Calda de Maracujá. Foi uma inovação interessante. O Eduardo não gostou muito, porque a sua composição leva funcho e ele detesta funcho. Mas eu achei muito bom!
Um lugar muito agradável, comida saborosa, bom preço. Visita obrigatória em Santo Antonio do Pinhal.
Varanda Lanches
Denominado “boteco” pela Marisa, fica no centro da cidade e é muito bonitinho. As opções são muitas. Eles servem: os tradicionais petiscos de boteco, tais como batata frita e isca de truta, ambos servidos com uma maionese de ervas criada por eles; pizzas; panquecas; caldos; e sanduiches. Bebidas variadas, sucos naturais, boa música ambiente. Todas essas coisas experimentamos (obviamente, não no mesmo dia). A despeito da grande variedade do cardápio a qualidade da comida é excelente! O hamburguer feito pelos proprietários com uma mistura balanceada de pernil e outras carnes é saborosíssimo! Nunca experimentei um melhor. A panqueca de acelga com fungui é sensacional! Tudo muito gostoso! É um dos poucos restaurantes que abre todos os dias. E está sempre lotado!
Ludwig Restaurant em Campos do Jordão
Saímos de Santo Antonio do Pinhal para comemorar nosso aniversário de casamento em Campos do Jordão só por causa do Prato da Boa Lembrança, que colecionamos, para registrar momentos especiais.
O Ludwig Restaurant é um dos restaurantes tradicionais de Campos do Jordão, que fica a 20 km de Santo Antonio do Pinhal. Zezé Meireles e Fausto Magalhães são os proprietários. Eles fizeram o Ludwig em sua própria residência. É sofisticado, aconchegante, muito charmoso.
O Fondue Savoyarde, de queijo, foi considerado, mais de uma vez, pelo Guia 4 Rodas, como o melhor de Campos do Jordão. Nós experimentamos o Fondue de Tomate de entrada, pois é o prato da Boa Lembrança 2011. Achamos esquisito, a princípio, mas é surpreendentemente delicioso! Depois pedimos um Fondue Bourguignonne, de carne, com vários acompanhamentos cuidadosamente preparados. Alguém disse que um fondue é igual em qualquer lugar. Não concordamos. A qualidade na seleção dos produtos faz toda a diferença. Transforma uma refeição comum em uma experiência gastronômica, cultural. É o que o Ludwig nos proporciona.
Quando o Eduardo quis pedir o Petit Gateau, não me animei muito, porque ultimamente é uma sobremesa bem comum. Mas esse Petit Gateau foi uma experiência à parte…
Pesqueiro Arco Iris
Na Avenida Antônio Joaquim de Oliveira n°3363 – Rio das Pedras, próximo ao trevo da cidade, fica o Pesqueiro Arco-Iris. Lá há um lago para pesca de trutas. Diz-se que você levar a truta para preparar em casa ou pedir ao restaurante local que a prepare na hora. Como já estávamos com fome e já era tarde, preferimos não pescar e ir direto ao assunto: apreciar a truta e o lugar que é de uma beleza incrível.
O bosque de Pinheiros do Brejo que circula o lago das trutas é lindo, lindo, lindo! Os pinheiros estavam bem vermelhos. Ali eu descobri o nome da árvore que me encantou nas montanhas. E soube que seria quase impossível conseguir uma muda dela naquela época do ano… mas eu consegui. Contei isso no post de Santo Antonio do Pinhal.
Os pavões e galinhas que vivem soltos pelo gramado deixaram a Bia de “cabelo em pé”. Ela queria sair desvairada atrás deles.
Há o restaurante fechado, uma casa bem acolhedora. Mas como lá a Bia não podia entrar, ficamos no jardim, num lugar muito agradável, de onde vislumbrávamos uma pequena cachoeira atrás de nós e o lago com o bosque à nossa frente.
De entrada, comemos uma casquinha de truta. E o prato foi Truta ao molho de amêndoas com risoto de fungui. Tudo muito bem feito e bastante saboroso!! Foi uma tarde muito agradável! Da próxima vez a gente chega mais cedo para pescar a truta.
Na Mata Restaurante
Ao visitar o atelier de Eduardo Miguel Pardo, ele nos recomendou dois restaurantes. Um deles foi o Na Mata, da Pousada Cedro, que fica na Estrada do Pico Agudo, km 5. O nome se deve à bela mata que se pode vislumbrar do seu pátio.
O proprietário da pousada, em visita à Verona, na Itália, conheceu o Chef Marcello Catalfamo e o convidou para assumir a direção da cozinha do restaurante. Marcello, que nasceu na Toscana, já gostava do Brasil e dominava um pouco a língua portuguesa, pois havia sido casado com uma pernambucana. Aceitou o convite e está adorando a região.
O garçom que nos atendeu sabe explicar todos os pratos com perfeição e nos convida a experimentar cada um. Foi difícil decidir! Ele não é um simples garçom; é um parceiro do chef.
Enquanto apreciávamos uma Baden Baden Pale Ale, experimentamos como entrada uma Parmegiana de Beringelas com queijo minas, parmesão e manjericão. Divina!
Depois o Eduardo comeu um Scialatielli napolitano com molho de tomate picante, cubos de beringela, shitake e provolone. Ai, que maravilha! E eu pedi o Bocconcini de coelho assado no forno com pancetta toscana e alecrim sobre seu molho enriquecido de fungui porcini e batatas assadas ao alho negro. Ufa!! Sem comentários!
Depois de tudo isso, não podíamos deixar de conhecer o Marcello. Ele é uma pessoa divertidíssima! Muito agradável, educado, conversou conosco e nos contou os detalhes da sua história com o Na Mata. Afinal, ele deixou em Verona, o conhecido e premiado Ristorante Maffei para vir encantar com sua arte o paladar dos brasileiros. Ficamos curiosos!
Por sugestão do Marcello, ainda degustamos a sobremesa: Petit gateau com sorvete de pistache. Outra vez, fui surpreendida por um “senhor Petit Gateau”.
Gente, isso foi uma orgia gastronômica!! Num lugar assim, perde-se (na verdade, ganha-se) um tempão! Não dá pra comer rapidinho… tudo é feito na hora, com ingredientes cuidadosamente selecionados. Eu e Eduardo que já amamos um slow food, sentimo-nos em casa.
Depois de tudo isso, ainda ganhamos do Marcello alguns presentes raros: Um pacotinho de Taralli -biscoitos cozidos e assados com alho negro e erva doce, acabados de sair do forno, crocantes que derretem na boca! Vai entender…; alhos negros; e um pedaço de bottarga produzida na pousada, para eu fazer algum prato especial em casa. Oba!! Que saudades desse lugar! Obrigada, Marcello, pela bela experiência que nos proporcionou!
Villa Giverny Estalagem e Gastronomia
Marcelo e Eduardo, casados com as irmãs Eliane e Eliete, são os proprietários do Villa Giverny. Há alguns anos, apaixonaram-se por Santo Antonio do Pinhal e ali compraram uma propriedade na Estrada Barreiro-Lageado. Há placas indicando a entrada. Aos poucos construíram alguns chalés e o restaurante. O projeto prevê mais chalés, mas estão indo com calma. O lugar já está um charme e ainda promete melhorar!
Eles residem e trabalham em Taubaté e, nos fins de semana, vão para a serra onde recebem hóspedes e clientes na estalagem e no restaurante. A família trabalha junta e encanta. As mulheres, auxiliadas pela mãe, tocam a cozinha como uma sinfonia. Tudo ali é especial! Os homens servem as mesas, conversam com os clientes, muitos já amigos que não abrem mão da boa comida aliada ao bom papo. Cada vez que se abre a porta da cozinha, os aromas invadem o ambiente dando água na boca, inspirando os sentidos! Como eles mesmos definem, primamos pela excelência com simplicidade. Boa comida, preparada com produtos especialmente selecionados para ser apreciada sem pressa.
Villa Giverny foi a outra recomendação do Eduardo Miguel Pardo. A sensibilidade dele se estende ao paladar, que bom!
De entrada a casa oferece pães recheados feitos ali mesmo. Perfeitos! Pedimos uma salada verde com folhas da própria horta e um filé com risoto de aspargos. Gostamos tanto do almoço que voltamos para o jantar… no mesmo dia, pois era a nossa última noite na Serra da Mantiqueira. Como despedida do friozinho da serra, comemos um fondue de queijo e na sequência, claro, um de chocolate com frutas!!
Vontade de voltar a Santo Antonio do Pinhal não falta. As boas lembranças de aromas e sabores ficam arraigadas à nossa memória.
Miguinha, ta muito legal seu blog, parabens! Santo Antonio do Pinhal devia te homenagear, tipo te dar a chave da cidade, porque depois dessa sua descrição tão poetica do lugar, vai lotar de turistas.
*escrevi aqui porque adoro a parte de gastronomia. bj
linda viajem adorei! Seja sempre bem vinda! Chef Anouk
Obrigada! Uma honra para mim seu comentário! Parabéns pelo belíssimo trabalho no Donna Pinha. Quando voltar, quero conhecer o Sta. Truta!
Muito bom o seus posts sobre a cidade, vou visitar a cidade no FDS e seu blog me ajudou muito, parabéns.
Adorei o seu post, o melhor que achei sobre gastronomia em Santo Antônio do pinhal…. vou para lá no final de semana, e adorei as dicas! Camila
Oi, Camila! Que bom receber sua mensagem! Obrigada! Aproveite Santo Antonio do Pinhal! Só veja que já faz um tempo que escrevi esse post, portanto muita coisa pode ter mudado. De qualquer forma vai ser maravilhoso! Depois me conta como foi? Abraço! Erika