A caminho da Toscana

Fomos pegar o carro que alugamos na Estação Termini, em Roma. O taxista nos deixou na portaria principal da estação. A gente não sabia de nada… Cheios de malas, o Eduardo ficou esperando eu conseguir a informação de onde ficava a locadora de veículos. Olha, não foi fácil. Andei muito para descobrir que as locadoras ficavam no Terminal 24, do outro lado da estação. O táxi poderia ter nos deixado na porta. Portanto, recomendo verificar a rua onde o táxi deve parar antes e não chegar lá desavisado como nós, porque a Estação Termini é enorme e é difícil conseguir informação.

Estradas da Itália

Saímos direto da estação para a autoestrada em direção à Toscana. Nossa intenção era seguir por estradas secundárias o tempo todo, porque a paisagem é linda. Mas saímos de Roma ao meio-dia. A gente queria chegar à fazenda antes de escurecer, porque “ouvimos dizer” que o GPS estava informando um caminho errado e que muita gente se perdia por lá.

Então fomos pela autoestrada com pedágio, que é ótima e muito bem sinalizada! O sistema de pedágio lá é interessante. Antes de entrar na autoestrada, há uma cabine onde retira-se um ticket. Ao sair da mesma, há outra cabine onde é efetuado o pagamento referente ao trecho percorrido. Basta inserir o ticket na máquina, que informa o valor a pagar; então é só colocar o dinheiro no local indicado e aguardar o troco.

As estradas secundárias por onde passamos também eram muito bem cuidadas e sinalizadas. No entanto, eram estreitas, bastante sinuosas e sem acostamento.

Várias vezes eu quis parar para conhecer melhor um lugar ou tirar uma foto e isso não foi possível, simplesmente porque não havia onde parar. Os campos de girassóis com as flores vivas, por exemplo, só pudemos apreciar à distância.

Orvieto

Paramos em Orvieto, na Úmbria (em italiano Umbria). Fica no alto de uma colina e é toda cercada por muros de pedra. Vimos algumas escadarias que davam acesso à cidade e já fiquei logo preocupada… Paramos o carro no estacionamento coberto e nos preparamos para subir as escadas. A boa surpresa é que eram escadas rolantes!!! Ufa, que alívio!

Orvieto é uma cidade lindinha. Foi a primeira cidade medieval que visitamos e ficamos encantados.

Há muitas lojinhas com produtos locais, tais como porcelana toscana, queijos, vinhos, embutidos, temperos, massas e, claro, gelaterias!

Caminhando sem destino, encontramos a Catedral de Orvieto, maravilhosa, em estilo gótico.

Amamos!

Chegamos à Toscana – Fattoria Le Pietre Vive

De volta à estrada, fomos direto ao nosso primeiro destino na Toscana, a fazenda Le Pietre Vive di Montaperti, em Castelnuovo Berardenga, província de Siena. No caminho, deparamos com vinhedos carregados de uvas já quase no ponto da colheita;

e campos de girassóis tão lindos, a maioria deles já secos e, ainda assim, incríveis!

Chegando próximo à fazenda o GPS nos indicou, de fato, um caminho errado, levando-nos a outra fazenda de onde não havia como seguir. Percebemos que há uma estrada que passava por ali e agora está desativada. Não estávamos longe. Foi só voltar à estrada e virar à direita 3 vezes. Falta de atualização do Google Maps.

Chegamos lá por volta das 17h. Fomos recebidos pelo Giacomo, chef do restaurante.

Foi engraçado, porque ele me olhou e disse: “Erika?” Eu respondi que sim e ele emendou a pergunta: “Vocês vão jantar aqui hoje??” Só depois passamos às apresentações e à louca comunicação entre pessoas que não falam nem inglês (eles) nem italiano (nós).

Logo veio a Nonna Ciana, nossa anfitriã, que nos levou ao nosso apartamento, o único da fazenda.

Nele há uma sala conjugada com uma cozinha completa e um quarto bem amplo, com um pequeno banheiro. Na verdade, pequeno mesmo é o box do chuveiro. Quase não podíamos nos mexer lá dentro. Mas a cama era enorme! Da janela, o pôr do sol em uma bela paisagem toscana.

Não havia ar-condicionado, somente ventiladores. Nada de luxo, tudo decorado como uma casa de fazenda italiana. Adoramos o lugar!

Ristorante Le Pietre Vive

Descansamos um pouco, pois Roma havia esgotado nossas forças! Depois descemos para o jantar. O Giacomo nos aguardava e nos recebeu como a velhos amigos. Ele trouxe o vinho, a água e passou a explicar o menu do dia − pois não há cardápio, todo preparado com ingredientes produzidos na fazenda ou em fazendas vizinhas.

Impossível reproduzir o menu! Ele não terminava nunca! Eram uns 7 cursos. Lá pelas tantas eu o interrompi para explicar que nós não estávamos acostumados a comer tanto… Ele interrompeu minha interrupção e disse: “Não há nenhum problema! Eu vou trazendo, vocês vão comendo até quando conseguirem; não se preocupem; eu vou trazendo, vocês comem o quanto quiserem…” Comemos! Os pratos vinham em pequenas porções, tudo tão diferente e tão bom! Não me lembro até onde fomos, mas sei que, infelizmente, não chegamos ao último prato!

Fomos para o restaurante sem celular e sem câmera fotográfica… uma pena! Estávamos cansados e, inocentemente, pensamos que seria um jantarzinho básico e rápido. Nem pensamos no registro daqueles momentos, falha grave! Mas as imagens e os sabores ficaram gravados aqui na nossa memória. Humm… Muito bom!

Percebemos que não seria possível dormir imediatamente, então saímos caminhando pela estrada da fazenda. A noite estava muito escura, mas com a nossa lanterna de bicicleta pudemos gastar um pouco do jantar antes de nos recolher. Dormimos com as janelas abertas, recebendo o ar puro da brisa toscana!

Veja mais fotos desse dia aqui: