Roma inesgotável
Quarto dia em Roma
Acordamos cedo, mas nem tanto, para ir ao Coliseu. Pegamos o metrô, porque queríamos chegar lá o quanto antes e evitar o sol mais forte, que prometia rachar novamente. Ah, o Coliseu… é outro monumento que, ao vivo, fica muito maior!
É gigantesco, imponente, belo! Uma fila tenebrosa para entrar e nós fomos passando todo mundo para entrar na roleta do Roma Pass. Uma beleza! Não tinha ninguém nessa fila. Amamos!
De lá seguimos para o Arco de Constantino − logo ao lado e, para minha decepção, estava todo cercado por andaimes, passando por uma restauração. Só sobrou um pedacinho…
Não teve graça, embora ele seja realmente muito lindo!
Seguimos para o Palatino, que é uma das sete colinas de Roma e fica entre o Fórum Romano e o Circo Máximo. A entrada está logo depois do Arco de Constantino, em direção ao Circo Máximo. É um grande museu a céu aberto.
Olha a cara feliz do Eduardo, mesmo depois de ter visto a fila enorme na entrada do Palatino.
Isso foi porque novamente passamos direto pela fila enorme e entramos felizes pela roleta do Roma Pass. Ah, o ticket do Coliseu, Fórum Romano e Palatino são considerados apenas um, embora as entradas sejam distintas. Por isso vale muito a pena gastar um dos créditos do Roma Pass lá.
Nossa! Andamos muito mesmo. O lugar é enorme! E quase não há sombra. Lá ficam ruínas de edifícios construídos em diversos períodos romanos, tais como o templo de Júpiter e os palácios de Augusto, Tibério e Domiciano.
A parte do Fórum Romano estava mais cheia de gente. Uma loucura! Há passagem do Palatino para o Fórum Romano por dentro. Na verdade nem sei onde terminou um e começou o outro.
Como centro comercial, religioso e político de Roma por mais de um milênio, ao longo dos séculos foram construídos edifícios destinados a essas atividades e, por ordem dos imperadores, também monumentos de grande prestígio em memória de imperadores divinizados, como o Templo de Antonino e Faustina. As ruínas que ali restaram dão uma boa ideia do que foi a glória romana.
Toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor;
Mas a palavra do Senhor permanece para sempre. 1 Pedro 1:18-25
Depois que almoçamos no La Vecchia Roma Ristorante, nosso roteiro seguiria por vários pontos interessantes desde as proximidades do Coliseu até perto do nosso hotel.
Um calor daqueles, pegamos um gelato na rua seguinte com a intenção de seguir tranquilamente a pé, mas tivemos que correr da chuva, literalmente, que despencou muito forte e de repente. Ainda bem que havia a estação Cavour do metrô por perto. Protegemo-nos lá. Parecia que não ia passar tão cedo, então pegamos o trem de volta para o hotel. Mais tarde, quando estiou, fomos ao Panteão e à Piazza Navona.
O Panteão de Agripa, inicialmente templo dedicado a todos os deuses, foi consagrado posteriormente pelo Papa Bonifácio IV como templo cristão dedicado a Santa Maria e Todo os Santos, nome atual.
Uma coisa fantástica! Reconstruído no ano 125 d.c., depois de ter sido destruído por um incêndio, está em perfeito estado de conservação e é de tirar o fôlego. Eu fiquei um tempão só admirando a cúpula…
É a segunda maior cúpula da antiguidade, perdendo somente para a cúpula do Duomo da Catedral de Florença, que foi construída bem depois, em 1436. Tudo lá é fantástico!
Nessa e em inúmeras outras obras de arquitetura eu fico imaginando como homens tiveram capacidade de construir edifícios tão magníficos, tão duradouros… Imperava a criatividade e qualidade, recursos em abundância… Pena que os mesmos homens destruíram tudo. Não fossem tantas discórdias estaria tudo intacto. Uau! Já imaginou isso?
Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. 1 Timóteo 2:5
Amei a Piazza Navona! Antes foi o Circo Agonístico, uma espécie de estádio ou teatro onde as disputas esportivas se davam comumente em lutas e combates com o manejo de armas. Sobre suas ruínas surgiu a Piazza Navona, no mesmo formato elíptico.
Hoje tem belos prédios, com cafés charmosos e sempre lotados.
Suas três fontes são famosas: ao norte, a Fontana di Nettuno; ao sul, a Fontana del Moro; e, ao centro, a mais linda, a Fontana dei Quattro Fiumi, com seu obelisco egípcio. Ela representa os quatro principais continentes do mundo: África, Ásia, América e Europa; cortados por seus principais rios: Nilo, Ganges, Prata e Danúbio.
Estava um clima tão agradável! Tudo molhado pela chuva que acabara de cair e um frenético vaivém de pessoas animadíssimas, vibrando com tudo, tentando aproveitar o tempo ao máximo.
Os artistas da cidade expondo suas obras, alguns trabalhando ali mesmo, com os modelos ansiosos, aguardando pelo resultado.
E como não poderia faltar uma igreja, também há na Piazza Navona uma igreja barroca do século XVII, bela e famosa: a Sant’Agnese in Agone. Ela foi construída ao lado do Palazzo Pamphilj e acabou se tornando uma capela da família Pamphili, tão poderosa, que um de seus membros tornou-se o papa Inocêncio X.
Desde 1920 o Palazzo Pamphilj é a sede da embaixada brasileira na Itália. Parte do edifício é aberto à visitação pública gratuita, mas depende de reserva pelo site da embaixada.
Não dá para acreditar que a Presidente Dilma Roussef e sua comitiva deixaram de se hospedar lá por ocasião da cerimônia de entronização do Papa Francisco.
Clique na imagem abaixo para ver um pequeno vídeo da parte interior do Palazzo Pamphilj:
Como diria Lady Kate, “dinheiro (alheio) eu tenho, só me falta-me o glamour”. É… certamente não haveria hotel de luxo mais caro da cidade que me tirasse o prazer de me hospedar naquela relíquia da arquitetura renascentista, transpirando história e glamour, nem se fosse de graça e ainda que eu tivesse o meu próprio dinheiro para pagar.
À noite fomos ao Campo de Fiori e jantamos na Piazza Farnesse. O lugar é super movimentado, com vários restaurantes charmosos e aromas inspiradores no ar.
Como chegamos cedo, arranjamos um lugarzinho bem agradável na praça, num restaurante com varanda. Pouco tempo depois já havia filas de espera! Estacionamos as bikes, montamos o tripé, preparamos o primeiro cenário e constatamos estarrecidos que o cartão de memória da câmera havia ficado no notebook, no hotel. Celular em ação…
Apenas esses registros daquele lugar encantador, além da nossa memória, é claro! E apreciamos sossegados o nosso último jantar em Roma.
Dia de ir embora
Malas feitas, saímos cedo para devolver as bicicletas à loja BBike Tomorrow, no bairro Pigneto.
Novamente, pedalamos por caminhos muito interessantes!
Então nos despedimos da Zaiga, no iRooms, e seguimos para a Estação Termini, onde pegamos um carro alugado e saímos em direção à Toscana, nosso próximo destino.
A gente já sabia que em 4 dias incompletos não seria possível ver muita coisa. No entanto, o roteiro que fiz para Roma melou por causa de algumas chuvas e… de muito otimismo de minha parte ao planejá-lo! Isso porque preferimos andar num ritmo lento que nos permitisse reter boas lembranças de lugares e momentos especiais.
Então deixamos de ver um monte de coisas, o que não chega a ser algo ruim. Só significa que teremos que voltar!!! De qualquer forma, tenho a impressão de que não importa quantas vezes a gente volte, sempre vai ficar alguma coisa para trás… Ela é assim, inesgotável!
Muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o propósito do Senhor.
Provérbios 19:21