1º Encontro Internacional de Cicloturismo Brasil Itália
Como eu já contei antes, no primeiro post desta série, nós planejávamos ir para Israel e Turquia, quando o Clube de Cicloturismo soltou a notícia do 1º Encontro Internacional de Cicloturismo Brasil Itália.
Saímos do Castello Banfi, na Toscana, direto para a Riccione, na Emilia Romagna. Incrível foi ver que, no lugar exato da placa que divide as duas regiões italianas, a paisagem muda radicalmente como se a gente estivesse passando de um quadro a outro. O clima e o aroma no ar também mudaram; afinal, estávamos chegando à costa do Mar Adriático.
Chegamos ao Hotel Dory e a confusão já estava formada. Mas uma confusão organizada. Para nós, tudo deu muito certo naquela loucura de encontrar brasileiros com quem passaríamos a semana, todos desconhecidos até então, no desafio de nos fazer entender pelos atendentes italianos do hotel que estavam desesperados com tanta gente falando português ao mesmo tempo.
O Hotel Dory tem programas especiais para ciclistas e toda uma estrutura para atendê-los, incluindo aluguel de bikes, oficina para manutenção e pedais guiados para diversas partes, com graus de dificuldade para todos os interesses. Foram os ciclistas do Dory que nos guiaram nos dias em que estivemos nesse encontro.
Riccione é uma delícia de cidade! A partir de 18h algumas vias ficam fechadas para os carros e os pedestres e ciclistas circulam à vontade. Mas durante o dia, o movimento de ciclistas e pedestres também não para.
Há ciclovias em algumas partes da cidade. Em outras o ciclista compartilha as vias, sendo sempre respeitado pelos motoristas.
As belas lojas fecham de 13h às 16h, como em quase toda a Itália, mas em Riccione ficam abertas até a meia-noite, junto com bares, restaurantes e gelaterias. Além disso tem o mar! A Daniela, minha irmã, ia adorar aquele shopping a céu aberto!! Eu só pensava nela ao passear pela cidade!
Por falar em mar, a organização da praia é uma coisa muito interessante.
Havia mais de 90 brasileiros participando do Encontro. Divididos em 5 grupos, cada um com um guia e um responsável pelo fechamento do grupo, de modo que ninguém ficasse para trás, fizemos passeios incríveis pela região!
Visitamos castelos, fortalezas, vinícolas, produções de azeite e aceto balsâmico.
Saíamos cedo e voltávamos por volta das 16h.
No final de cada dia havia uma palestra com tema voltado para o cicloturismo, todas com tradução, pois o grupo era de brasileiros e italianos.
No fim do primeiro dia de pedal, depois da palestra, decidimos ir à praia, pois o dia ainda estava claro e quente, e queríamos ‘batizar’ o Mar Adriático. Encontramos o Stefano, proprietário do Hotel Dory na saída. Comentei que íamos à praia e ele nos convidou para ir com ele e o amigo Pasquale, de barco, para tomar um banho de mar num ponto mais afastado da costa.
Aceitamos o convite, claro! O Eduardo aprendeu a pilotar o barco e tomamos um bom banho de mar.
A República de San Marino fica há uns 30 km de Riccione. O grupo foi lá pedalando em um dos dias do encontro (o mais puxado!), do qual me abstive de participar em nome de um bom descanso e de desfrutar um pouco do mar.
Eu estava quebrada dos pedais dos dias anteriores e não foi somente por ser muito mole (eu sou mole mesmo). É que o banco da minha bicicleta estava mal posicionado e me causou uma dor horrorosa na lombar. Depois tem gente que fala que fazer um bike fit não é importante… Na correria não tinha dado tempo do Eduardo ajustar para mim, pois levamos o meu banco com as marcas da posição correta.
Enquanto isso, o Eduardo foi com o grupo pedalando para San Marino.
Para mim foi um dia super proveitoso, porque pude ficar na praia à vontade e depois passear pelas lojas sem marido!!!! Gente, maridos não têm paciência de acompanhar mulheres às lojas. Nesse dia eu olhei sem pressa. Comprar é outra coisa. O euro não estava fácil e as compras praticamente impossíveis.
Mas eu não dispensei San Marino, não!! No dia seguinte haveria uma excursão (de ônibus) à San Marino novamente.
Amei, San Marino! Lá, sim, é o paraíso das compras, porque não há taxação. É uma cidade inteira com tax free. Bem, também não é lá uma Miami… Aproveitei para comprar alguns perfumes, que estavam realmente baratos, principalmente fazendo opção pela amostra. A amostra é exatamente o perfume original, porém sem a caixa original. San Marino pode vender as amostras, o que não é permitido em outros países. Ora, a caixa a gente joga fora mesmo. Foi a festa dos perfumes para muita gente do grupo.
E paguei a língua, porque o Eduardo teve a maior paciência de olhar todas as lojas comigo!!
De lá seguimos para uma visita a uma fábrica de bicicletas, da marca FRW.
Fomos recebidos com um belo almoço, regado a vinho e proseco.
Muito papo, muita risada…
Depois, mais compras… Afinal, os preços estavam bons mesmo! Quase, quase voltamos com uma nova montain bike para o Eduardo, que ficou impressionado com a qualidade e o preço, mas um pouco desconfiado por desconhecer a marca e pela falta de representantes no Brasil.
Foi em Riccione que conhecemos a pizza de metro, numa confraternização com os cicloturistas. Estava muito boa, mas nem se compara às pizzas da Toscana.
Foi uma noite muito agradável!!!
No dia seguinte, todos com a camiseta que ganhamos na pizzaria. No último pedal do encontro fomos uniformizados.
Visitamos lugares incríveis!
E recebemos um almoço especial em uma fazenda produtora de azeites. Degustamos vinhos especiais…
… e as novas amizades tão especiais, além dos azeites maravilhosos, claro!
À noite, uma bela festa de despedida numa rua badalada de Riccione com boa música brasileira e muita animação!
Ficaram muitas saudades!!! Esperamos ansiosamente o 2º Encontro Internacional de Cicloturismo. Enquanto ele não vem, vamos nos cruzando por aí.
O amigo ama em todos os momentos;
é um irmão na adversidade.
Provérbios 17.17
Adorei tudo amiga. Sabe que há poucos dias estive pensando em comprar uma bicicleta e passar a ir para o trabalho com ela. Meu trabalho é bem perto e o caminho seria ótimo se tivesse uma passagem para bicicletas na ponte. Eu queria fazer isso pra ver se mexia um pouco, não faço nenhum exercício físico. Mas ainda não tive coragem de enfrentar a ponte, disputar com uma carreata enlouquecida que passa ali todas as manhãs. Fiquei morrendo de inveja de Encontro, dessa experiência e o lugar parecia bem gostoso, só não achei que para isso vcs tenham perdido de conhecer Israel. Vc sabe, eu sou suspeita, não troco nenhuma viagem por Israel. Mas acho que seria bom vcs irem num grupo de fé e não só de turismo, a experiência é bem diferente. Continue viajando e escrevendo, tá? Saudade de tu. bj
Amiga, vamos combinar de ir para Israel juntas?!
Amiga, a viagem para Israel aconteceu com um grupo de fé. Meus pais e o Gustavo foram e amaram. Se um dia pudermos ir juntar sei que vou amar!!!
Olá Erika e Eduardo, tudo bem?
Escrevo para dar os parabéns pelo blog. Erika, você traz ao leitor a gostosa sensação de pedalar e conhecer lugares. Parabéns pelas fotos também. Grande abraço para vocês.
Walter.
Obrigada, Walter! Pelo comentário tão gentil e pelas experiências que você, como Clube de Cicloturismo, permitiu-nos viver!
Beijão!
Parabéns pela viagem de bicicleta.. muito legal!!!
Cicloabraços
Joãozinho
Oi, Joãozinho! Obrigada! Viajar é sempre muito bom, mas viajar de bicicleta tem sido uma experiência fantástica! Vamos!?