26 de outubro de 2012

Pedalando – Fui no Tororó…

Por Erika Horst

No dia 02/08/2012, fizemos o maior e mais difícil percurso desde que voltei a pedalar (19 km). Também foi o percurso mais parecido com uma cicloviagem porque, ao contrário das trilhas anteriores, feitas em reservas fechadas, a trilha do Tororó segue por chácaras, fazendas, estradas de verdade onde passamos por ônibus escolares, caminhões, carros, cavalos.

Ah, como eu gosto dos cheiros que esses lugares exalam!! Comemos muita poeira, é verdade! Mas venci uma subida super cabeluda!

O Eduardo parou lá em cima e ficou me filmando subir. Ele contou que ficou só pensando: “agora ela vai parar e empurrar…” – era óbvio que eu fizesse isso! Surpresa pra ele e pra mim! O ganho de elevação total do percurso é de 251m. Não é muito, se comparado aos percursos que almejamos fazer em Minas Gerais e Santa Catarina, por exemplo. Mas que sensação boa vencer aquela subida!

Em compensação, em outras duas mais adiante não deu para comemorar. É assim mesmo. Nesse dia ele ficou bravo de novo: “Você está pedalando a 5 km/h! Uma galinha consegue andar mais rápido!” Eu mal conseguia respirar pra responder! Foi bom porque ele não ia gostar de ouvir.

Lá pelas tantas quando consegui voltar a falar, eu já tinha me acalmado e só disse a ele que quando a gente está fazendo um percurso em grupo, quem dita a velocidade é o mais lento, uai! Quer andar comigo ou com a galinha? Depois que passa a gente ri, mas olha que o cansaço gera um estresse danado. Se a gente não tiver cuidado, o prazer vira pesadelo.

Dá pra ver pelas fotos o quanto o DF está seco! É difícil manter a hidratação adequada com a umidade tão baixa! Nesse dia levamos um lanche mais reforçado. Sem comida e muita água a gente não aguenta o esforço físico. A água que levamos tem sido suficiente. No entanto, em trilhas é recomendável ter em mãos pílulas para higienização da água, caso seja necessário reabastecer em fontes desconhecidas. Elas são vendidas em farmácias. Infelizmente nem os riachos de águas cristalinas são confiáveis no quesito pureza e já lemos muitos relatos de cicloturistas que têm que parar a viagem pra se recuperar de uma diarreia causada por ameba ou coisa parecida, provavelmente contraída na água.

Bem, o percurso foi cansativo. No final eu já estava um pouco mau-humorada… passou assim que avistei a linha de chegada. Que alívio! Para superar limites é preciso esforço. A dificuldade deve ir aumentando gradativamente e claro que não é fácil! O prêmio é ver que condicionamento está melhorando.

 

A seguir, o último post da série Voltando a Pedalar/Pedalando:

  • Barragem do Paranoá.