29 de janeiro de 2013

Estrada Real – Morro do Pilar a Barão de Cocais

Por Erika Horst

26/09/2009

Morro do Pilar-MG

Tomamos café na Pousada do Garoto e seguimos viagem. A estrada ainda era de terra, mas estava melhor que as de ontem e nós descansados e bem humorados depois da boa noite de sono. A paisagem estonteante não se cansava de chegar em cada curva da estrada.

 

Chegamos a Morro do Pilar por volta do meio-dia e almoçamos na Cantina Pilar uma comidinha caseira simples e deliciosa!

 

 

Rondando a porta da cantina havia uma cadelinha muito fofa, com olhos tristes cor de folha seca que estava de olho em alguma comida que caísse por ali. Demos uma comidinha pra ela.

 

 

Tinha parte do corpo coberto de feridas. Seus pêlos longos estavam muito embaraçados e sujos. O Eduardo foi logo a chamando de Rebeca. Disse que tinha cara de Rebeca. Eu não achei, mas ele a batizou e pronto. Foi intimidade demais pra mim! Eu queria levá-la conosco. “Você está louca?” – o Eduardo perguntou arregalando os olhos – “como pretende levar um cachorro na moto?”

Eu já tinha tudo planejado em poucos minutos. Ela iria sentadinha entre minhas pernas, enrolada na minha canga que era grande para que eu não ficasse encostando nas feridas dela. Em Ouro Preto a gente haveria de achar um petshop para tratar a pele dela e lhe dar um banho. Enfim, parecia uma solução muito simples e acertada. Mas o Eduardo não concordou de jeito nenhum! Achou um absurdo! Fiquei arrasada!

 

 

Conversamos um pouco com alguns clientes da cantina e fomos embora. Na saída da cidade paramos para abastecer a moto. Eu estava tristinha, pensando na Rebeca… o Eduardo amoleceu, começou a fazer conjecturas e decidiu que íamos buscá-la. Afinal, eu tinha razão! Tudo daria certo, pois a pobrezinha precisava de tratamento e de uma família!

 

 

Oba!! Voltamos à cantina animadíssimos com essa loucura, mas ela não estava mais lá. Perguntamos, procuramos pela cidade, porém não a encontramos… não era pra ser como loucamente planejamos. Mas poderia ter dado certo, uai! Por que não? Enfim, nunca vamos saber.

Continuamos viagem.

 

 

 

Várias cidades…

Passamos em Itambé do Mato Dentro, Senhora do Carmo, Ipoema, Bom Jesus do Amparo que foi onde começou o asfalto. Logo ali no trevo entre Itabira e Bom Jesus do Amparo, paramos para fazer um lanche e esticar as pernas no Café com Flores, uma lanchonete com floricultura à beira do caminho.

Lugar muito limpo, aconchegante, ótimo para um descanso rápido ou não. O Marcelo, proprietário do lugar, atendeu-nos com muita simpatia e polidez. Recomendou que provássemos o pastel de angu, especialidade da casa. Nem pudemos resistir à propaganda nem tivemos arrependimentos. Os pastéis de angu (comemos vários) são uma iguaria imperdível!

Barão de Cocais-MG

Depois de conversar um bocado, seguimos para Cocais. Já era noite, mas preferimos dormir em Barão de Cocais, nem me lembro a razão. Mas quando procurávamos hotel em Barão de Cocais, soubemos que estava acontecendo um encontro motociclístico justamente em Cocais. Ah… tarde demais! Não tivemos forças para voltar, embora fosse perto. Só queríamos uma boa cama para relaxar.

Fomos para o Barão Palace Hotel, segundo informações, o mais novo hotel da cidade. Não era luxuoso, mas estava mesmo todo novinho e era bem bonitinho. Infelizmente, a noite foi péssima! A cama mole demais com molas que insistiam em nos cutucar nos deixou pior do que quando chegamos. E o café da manhã foi lastimável! Fizemos sugestões para melhorias e seguimos em frente, rumo a Mariana.